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24
Agosto, 2015
A alegria de pertencer a uma igreja família
Família

Nunca existiu por parte do ser humano uma necessidade maior do que a de ser feliz.


A história mostra esta busca frenética e constante pela felicidade nas mais diversas direções: na bebida, nas drogas, em filosofias, nos prazeres da carne, na aquisição dos bens materiais, no poder, no sexo livre, no adultério, nas conquistas, no dinheiro etc. Entretanto, a infelicidade persiste no coração da maioria das pessoas. A frustração de tentar preencher o vazio da alma com coisas materiais ou experiências sensoriais faz aumentar no ser humano um espírito de descontentamento e egoísmo.

O descontentamento tem feito do homem um escravo de suas ambições e o tem levado à prática dos mais terríveis crimes. Tem inspirado guerras, tem sido a fonte de furtos e mortes, mentiras e adultérios produzindo fraqueza no espírito, na alma e no corpo.

O comércio mundial entendeu o problema e montou uma “indústria do contentamento”. Dizem eles: “compre tal produto, e você será feliz” – “tome tal bebida, e viva alegre” – “viaje para tal lugar e seja feliz”. As indústrias da moda e de cosméticos faturam fortunas todo ano com a proposta do “compre mais”; “tenha mais”; “apareça mais”.

Era de se esperar que todo esse movimento elevasse a satisfação pessoal dos seres humanos. Mas o efeito tem sido contrário. Nunca se viu tanta gente em busca de consultórios para análise de doenças psicossomáticas. Ironicamente, a soma de todos os aparentes benefícios trouxe mais prejuízo e desgaste emocional para as pessoas. O problema reside no fato de uma procura de alegria nos lugares e nas coisas erradas.

descontentamento físico leva o gordo a desejar ser magro; o alto a desejar ser baixo; uns não aceitam o nariz que têm; outros o cabelo, os pés, os olhos etc. Os altos níveis de insatisfação tornaram as pessoas mais críticas até em relação a Deus; como se o Criador tivesse sido injusto na criação. “Um vaso de barro não briga com quem o fez. O barro não pergunta ao oleiro: ‘O que é que você está fazendo?’, nem diz: ‘Você não sabe trabalhar.’” Isaías 45.9 (NTLH).

descontentamento econômico tem gerado inveja, ciúmes e cobiça. O desejo de ter mais joga o homem contra seu próprio semelhante. A experiência de Acã é suficiente para ilustrar o que pretendemos dizer. A cobiça levou-o à destruição juntamente com toda a sua família (Josué 7.21). Deus abomina a cobiça, pois ela suscita desonestidade, disputa, mentira, avareza etc.

O que fazer então para experimentar uma alegria real de vida? Onde encontrar a fonte de todo contentamento?

O evangelho de João registra as seguintes palavras de Jesus: “Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15.11-12

Jesus mostra-nos com clareza que para termos uma alegria completa precisamos de duas coisas:

1ª - Termos a vida de Cristo em nós; e isso só é possível através de um arrependimento genuíno provocado pelo Evangelho, da confissão de todos os pecados e da fé nas Escrituras que afirmam nossa morte e ressurreição juntamente com Cristo – que é o novo nascimento, a base de uma vida cristã (João 3.1-6).

2ª - Praticarmos o amor fraternal que se manifesta através do serviço de uns para com os outros. A Bíblia afirma que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Romanos 5.5). O cristão tem um desejo natural de amar e servir ao próximo.

A igreja é o melhor lugar para a expressão desta nova vida. Não qualquer igreja. Mas uma igreja cujos membros reproduzam o mesmo ambiente de uma família. Uma igreja onde haja apoio, cumplicidade, fortalecimento mútuo, compromisso, cooperação, serviço, tolerância, relacionamento em amor e fidelidade.

Uma igreja assim certamente será uma comunidade de gente feliz. Os problemas e dificuldades não conseguirão sufocar a alegria. A cada dia as pessoas poderão encontrar sua mais perfeita harmonia aprendendo umas com as outras na vida comum da igreja.

Uma igreja assim tem a marca comum de todos crerem no mesmo Deus que se revelou através da pessoa de Jesus Cristo, regenerando-nos para uma nova vida. Nesta igreja, os fardos pesados do pecado, o cansaço e a sobrecarga de uma vida sem um propósito concreto são deixados nos pés de Jesus. Foi Ele mesmo quem disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” Mateus 11.28-30

Os membros de uma igreja com estas características começam a descobrir muitas respostas tranqüilizadoras com respeito à vida. Angústias são superadas, problemas insolúveis são vencidos, famílias desfeitas são recompostas; gente acabada, perdida e sem esperança renasce para a vida.

Numa igreja assim as pessoas encontram o caminho, a verdade e a vida em Jesus, conforme suas próprias palavras em João 14.6. Pertencer a uma igreja assim faz com que seus membros vivam uma vida de alegria completa.

Este tem sido o desafio da Comunidade da Graça: ser uma IGREJA-FAMÍLIA. Se a igreja não for como uma família, onde as pessoas possam viver num mesmo objetivo de serviço mútuo, pregando o Evangelho e fazendo novos discípulos (Mateus 28.19-20), então estaremos diante de um mero ajuntamento de pessoas com interesses exclusivos em seus reinos pessoais. Deus não tem compromisso com isso!

A síntese do Evangelho é a nossa participação na família de Deus. “Portanto, vocês, os não-judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele.” Efésios 2.19 (NTLH).

Há muita gente triste dentro das chamadas igrejas. Sentem-se só e sem a alegria de poder compartilhar a vida com outros que professam a mesma fé. Não sentem o calor humano de outros irmãos que já passaram por lutas semelhantes. Não aprendem o caminho da vitória através da mais simples e genuína comunhão. Se as igrejas não estiverem propiciando esta oportunidade de seus membros viverem como numa família, a despeito de todos os problemas e dificuldades que qualquer família normal apresente, então a alegria vai desaparecer da terra.

“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração.” Atos 2.46 (a vida alegre dos irmãos da igreja primitiva).

 

por Carlos Alberto Bezerra, pr.

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